Introdução da madrinha

Afonso, ainda não chegaste cá e eu já estou em pulgas para te agarrar, dar umas beijocas valentes e mimar-te muito. Tudo a que uma madrinha tem direito, basicamente!

Mas antes, deixa-me explicar-te porque é que a tua mãe me escolheu para este papel importantíssimo - só para que mais tarde não te perguntes que mal fizeste tu para merecer este castigo.

Acontece que já conheço a tua mamã há muitos e muitos anos, desde que nos cruzámos no 7º ano de escola. Tive o azar de partilhar uma carteira com ela a quase todas as disciplinas durante vários anos, e é um milagre como consegui aprender alguma coisa pelo caminho. Passávamos mais tempo a escrever bilhetinhos uma à outra do que propriamente a ouvir o que os professores diziam, excepto em Inglês, língua utilizada como código para passar horas ao telefone sem que os nossos pais percebessem.

À medida que fomos crescendo, foram aparecendo as barreiras seguintes que passámos juntas - a primeira saída à noite, as primeiras paixões e namoros, tirar a carta ao mesmo tempo, as sistemáticas saídas de sábado à noite, os primeiros fins de semana fora, sempre as duas passo a passo.

Depois da escola, começou o trabalho e a faculdade, altura em que as coisas eram mais complicadas para as duas, deixámos de nos ver tão frequentemente mas quando nos víamos parecia que tinha sido ontem, não havia tempos mortos pelo meio.

E agora, quando a distância física que nos separa nunca foi tão grande, parece que estamos mais unidas do que nunca, as duas ansiosas para te pôr a vista (e as mãozinhas) em cima, e ajudar-te em tudo o que for preciso para seres muito, muito feliz cá por fora!

E só para te rires um bocado mais tarde, cá ficam umas tantas fotos das mais antigas que consegui encontrar... Não são das que nos favorecem mais, mas fazem parte da nossa história comum, como tu irás fazer em breve!!

Beijocas da madrinha